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Domingos Malucelli e sua família

Sua história começa no instante em que nasceu...


No dia 27 de outubro de 1875, em Duevílle, Vicenza na Itália, sendo batizado dois dias depois na Paroquia Santa Maria e Santa Fosca de Dueville. Foi lhe dado o nome de Domênico, depois de poucos anos já no Brasil, passou a ser chamado de Domingos.


Seu pai Giovani Malucelli nasceu em Fara Vicentino, Vicenza, no dia 30 de julho de 1825. Batizado na Paróquia de San Giorgio de Perlena, Diocese de Pádua, na mesma igreja em que casaram seus pais, Marco Antonio e Giustina Guidolin. Eles tiveram 3 filhos, Lorenzo, o seu pai Giovanni e Maria Teresa.


Giovanni casou no dia 19 de setembro de 1854 com Margherita Gobbo, nascida em Fara Vicentino, Vicenza, no dia 28 de setembro de 1834.


Tiveram 8 filhos sendo os 2 primeiros nascidos em São Giorgio de Perlena, Diocese de Pádua e os outros em Duevílle, Domenico era o mais novo.


Ele era agricultor e na estação do inverno trabalhava como carpinteiro e artesão dentro de casa. A família residia na Via Passo de Riva em Dueville.


Por volta de 1860 foi realizado um acordo entre o governo do Brasil e da Itália. O Brasil precisava de pessoas capacitadas e lavradores, pois estava começando o processo para abolir a escravidão no país. Por sua vez a Itália estava com problemas de superpopulação, falta de trabalho e problemas com a falta de alimentos.


Pelo acordo o Brasil deveria facilitar a imigração espontânea, sendo a responsável por recebê-los, dando hospedagem, alimentação, assistência médica e manutenção até o embarque. Sendo o transporte pago pelo governo italiano. No início davam preferência aos italianos das regiões do norte da Itália, entre elas Piemonte, Lombardia e Veneto.


Em 1871, o governo imperial do Brasil se preparando e reservando locais para as "Colônias" em toda a província do Paraná, fez um contrato com o Senhor Sabino Trípoli, dono de terras no litoral do Paraná. Consentindo que por conta do governo ele teria uma cota de imigrantes italianos para trazer à sua Colônia Alexandra, sendo desembarcados primeiramente no Porto Dom Pedro II em Paranaguá e depois levados à Colônia.


Uma das propagandas espalhadas pela Itália dizia... "Venha construir seus sonhos com sua família. Um país de oportunidades. Clima tropical vivo em abundância e riquezas minerais. No Brasil você pode ter seu próprio castelo, o governo dá terras e ferramentas para todos".


Eram textos comumente publicados, atiçando o espírito aventureiro que haviam dentro das pessoas. Como também gravuras representando a fartura do Brasil, eram publicadas na Europa por agenciadores marítimos visando captar novos imigrantes.


Seu pai pelas dificuldades que passavam, chegou ao seu conhecimento a noticia através das propagandas. Pelas informações, quem quisesse ir para a "Colônia", entrasse em contato com o agenciador da sua região. Para poder viajar era preciso uma declaração de todos os membros da família, com dados obtidos pela Igreja e outra pelo governador de Vicenza, autorizando a viajem para o Brasil.


Ficou muito animado com a oportunidade de prosperarem e requereu toda a documentação.


A pedido do prefeito distrital de Dueville, foi expedido o passaporte com validade de 1 ano, em nome do Rei Vittorio Emanuelle II sendo assinado pelo Ministro das Relações Exteriores, o governador de Vicenza, no dia 17 de janeiro de 1877. Com o carimbo da Delegacia Regional da Policia.


Contendo também no documento uma declaração do governo italiano ..." Não pode ser dado ajuda ou meio de repatriar a não ser pessoas indigentes, as quais devido a velhice ou enfermidade são absolutamente inabilitados ao trabalho e também aos órfãos pobres. O primogênito ao completar 18 anos deverá voltar ao seu lugar de origem, para ficar a serviço do exército italiano por 1 ano". Obs. O filho Marco Antonio não voltou para a Itália no ano seguinte.


E recebeu no dia 26 de janeiro, o ofício paroquial assinado pelo Vigário D. Angelo Sgággio.


Giovanni, Marguerita e os 8 filhos, saíram de Vicenza carregando em suas mãos os seus pertences e embarcando no trem até Milão. Em seguida foram em outro trem que tinha como destino Gênova. Ao chegarem no dia 30 de janeiro de 1877 receberam o "Visto do Consulado Geral do Brasil" para poderem embarcar, esperaram pela ordem de partida junto com outras famílias italianas que iriam para o Brasil.


A viagem levou aproximadamente 2 meses, saíram do Porto de Gênova e desembarcaram no Porto do Rio de Janeiro aonde permaneceram por alguns dias. Depois foram transportados até Paranaguá chegando no dia 1. de abril de 1877, o "Visto da Policia do Porto D. Pedro II " foi assinado pelo assistente externo Joaquim Ferreira Pinheiro e finalmente rumaram à Colônia Alexandra.


O lugar era úmido quase um banhado, com bichos, clima quente e sem estrutura alguma os esperando. Por tantas reclamações e desespero dos imigrantes, no dia 22 de abril todos foram levados bem cedo para Morretes, chegando no mesmo dia. Embarcaram no "Vapor Iguaçú" até o lugar mais próximo da cidade onde o vapor pudesse atracar, chamado "Barreiros". Em seguida os imigrantes foram em carroças e muitos a pé para Morretes, aonde nos arredores da cidade havia sido fundada a "Colônia Nova Itália". Ao chegar cada família declarou seus nomes, idades e profissão (a maioria lavradores), sendo cadastradas no livro de registros da colônia.


A Colônia era dividida em 12 núcleos coloniais localizados em Morretes, Porto de Cima e na cidade vizinha Antonina. A maior parte das terras em Morretes foi doada pelo Coronel Antônio Ricardo dos Santos, dono de engenhos de erva-mate do local.


Nas terras em apenas um ano foram estabelecidas 543 famílias, num total de 2296 pessoas. Houve muitos problemas naquele ano, Morretes tinha por volta de 450 habitantes em 1876 e passou para quase 2800 em 1877 e o governo não tinha previsto o caos que iria ocorrer.


A princípio os imigrantes ficaram alojados em barracas improvisadas, mas o acordo entre o governo e Morretes era que logo após a chegada recebessem alimentação, ferramentas e sementes, para que pudessem construir suas moradas provisórias até serem indicados ou escolhessem o lugar definitivo. Mas a demanda foi maior que o esperado havendo atrasos na entrega dos materiais e ocasionando a insatisfação dos imigrantes. Muitos não aguentaram e deixaram o lugar rumando para Curitiba que era a Capital da Província, indo morar em outras colônias ao seu redor e em outras colônias formadas em cidades próximas a ela.


Giovanni e sua família foram persistentes aguentando firme a situação e em poucos meses foram para o seu lote, localizado alguns quilômetros fora da cidade, no núcleo Sítio Grande.

O lote número 5 em nome do seu pai Giovanni e posteriormente o número 6, adquirido pelo seu irmão mais velho Marco Antonio.

Ao chegar Giovani com seus filhos maiores ergueram uma casa pequena e humilde. Começando com a criação de animais e uma lavoura para o sustento da família, uma pequena plantação de cana de açúcar e quando tiveram mais condições construíram uma casa de madeira para dar mais conforto.


No fundo dos lotes passava o Rio Nhundiaquara com suas águas límpidas. Primeiro fizeram um poço e mais tarde com muito esforço cavaram um canal desde o rio até a frente da casa, assim teriam mais água, sendo usada para cozinhar, lavar roupa, tomar banho, cuidar da criação de galinhas e porcos, na horta, enfim se manterem.


Infelizmente seu pai Giovanni ficou muito doente com malária,vindo a falecer com 54 anos de idade exatamente dois anos após chegarem, no dia 22 de abril de 1879. Seu óbito foi registrado pelo Vigário José Jacintho de Linhares no livro da Igreja de N. Sra. do Porto de Morretes, em seguida encomendado seu corpo e sendo sepultado no Cemitério Público da cidade, inaugurado 3 anos antes.


Sua mãe Marguerita ficou desesperada, ficando sozinha com os filhos. Marco Antônio o mais velho com 19 anos e Domenico (Domingos) com 3 anos.


Como só falava italiano, pediu no dia 3 de junho de 1880 ao Sr. Giovanni Pizatto que escrevesse uma carta ao Imperador em seu nome. Explicando a sua situação e pedindo que mandasse buscar seus outros 2 filhos da Itália para lhe ajudar, mas na realidade eram seus 2 sobrinhos, filhos do seu cunhado Lorenzo que ela chamara.


Seus sobrinhos, Domênico com sua esposa Filippi Marguereta e o filho Lorenzo como também seu irmão Marco com a esposa Ana Bassi embarcaram no Porto de Gênova no Vapor Berlim. Chegando no Porto do Rio de Janeiro no dia 20 de dezembro de 1880, sendo levados em seguida para Morretes.


Com o passar dos anos com a ajuda deles, prosperaram com o progresso das plantações de cana de açúcar e de banana.

Em 1887 foi construído um grande casarão para todos, mas com o aumento da família foi construído outro ao lado em 1905 , aonde moravam Lorenzo e João com suas famílias. Na parte de cima eram os quartos e na parte de baixo os depósitos de aguardente.


Entre os casarões havia o "Engenho Mirim" onde tinha uma roda d’água, para movimentar as moêndas e outras máquinas.


Em dezembro de 1889 entrou em vigor a lei, para que imigrantes que tivessem o desejo de serem brasileiros, pudessem se naturalizar. No Livro de Declarações Estrangeiras da Comarca Municipal de Morretes eram realizadas as nacionalizações. Foi encontrada uma página do livro danificada, aonde o secretário da época declarou que verificando o Livro de Declarações de Estrangeiros, encontrou no dia 13 de junho (sem ano) uma declaração que diz: "Declaramos que queremos continuar a pertencer a nacionalidade italiana (assinado) Domin... Malucelli (Esta assinatura é precedida e....?...de outras muitas .....a respeito se contem no referido livro. Morretes 13 de Dezembro de 1893. Secretário João...?" Então Domingos e outros italianos não se naturalizaram.


Os filhos de Giovanni e Marguerita foram se casando, formando suas famílias e alguns de seus netos mudaram para outras cidades, como Ponta Grossa, Palmeira, Curitiba. etc.


Marco Antônio, casou com Josefina Taverna em 1883 e tiveram 3 filhos. Giustina com Marcos Tozetto casaram no mesmo ano e tiveram 7 filhos. Giobatta sendo conhecido por João Batista casou com Ester Meduna em 1887 e tiveram 10 filhos. Lúcia casou com Fortunato Canetti, por volta de 1889 e tiveram 2 filhos. Lorenzo, casou em 1889 com Rosa Valério e tiveram 9 filhos. Giovanni ou João como era conhecido, casou com Maria Sotta em 1892 e tiveram 10 filhos. Antônio, casou com Rosa Zílli em 1897 e tiveram 7 filhos.


Por ultimo o caçula Domingos, casou com 23 anos de idade, com Cândida Meduna no dia 16 de abril de 1899. Sendo declarado no registro do casamento, que já tinham uma filha de nome Domingas, com 1 ano e meio de idade.

Depois de alguns anos saíram do casarão e foram morar perto dali, em uma casa menor e mais tarde na cidade.

Tiveram 11 filhos que são, Domingas (26/09/1897), João Batista (30/08/1899 -+9/12/1935 de epilepsia), Vicente (19/10/1902), Ângela-Angelita (28/12/1904), Olindo (1/10/1907), Maria Margarida-Amália (6/05/1910), Narciso (13/11/1912), Leonel (2/02/1914), Mercedes (19/12/1916 -+5/08/1921 com 4 anos), Letícia-Lite (7/11/1919 e Matilde-Nenê (14/03/1922).


Sua mãe Marguerita também chamada de Margarida, faleceu de icterícia com febre persistente, no dia 10 de abril de 1908, sepultada no Cemitério Santa Esperança de Morretes. Marco Antônio o seu irmão mais velho na ocasião com 48 anos, assumiu a autoridade sob a família .


Os irmãos que permaneceram nos lotes do Sitio Grande, com o progresso da cultura da cana de açúcar formaram uma usina, para o beneficiamento da cana.


Domingos, com a venda, para seus irmãos de sua parte das terras do Sitio Grande, comprou uma faixa de terra que ia da saída da cidade até o Rio Marumbi, aonde plantou um canavial.

Outra propriedade indo pela estrada do Anhaia após o Rio do Pinto a direita, onde construiu um Engenho que deu o nome de Fortaleza e um pouco mais adiante comprou outro local, onde construiu uma Olaria.

Na Rua principal da cidade comprou um armazém, para fornecer um pouco de tudo para a população e onde centralizava a administração de suas propriedades.


Os filhos lhe ajudavam muito, Vicente cuidava na Olaria. Domingos, Olindo e o Leonel cuidavam da plantação e do Engenho e o Narciso trabalhava no armazém e era o administrador geral de tudo.

O engenho foi prosperando e a aguardente cada vez mais famosa tendo muita procura e sendo vendida em Curitiba, Ponta Grossa e outras cidades.

Ao longo dos anos foram diversificando os tipos da famosa aguardente. Reconhecida por vários nomes, como Fortaleza, Preferida, Predileta entre outros, como também os formatos das garrafas. Foi preciso, que por algum tempo o seu filho Leonel fosse para Ponta Grossa e Fernandes Pinheiro cuidar das vendas. Estabeleceu-se já casado em Curitiba, morando na Rua Fontana aonde engarrafavam a aguardente como a "Preferida" e que também servia de depósito para venda.


Domingos comprou uma casa, na Rua Coronel Modesto, bem perto da igreja matriz aonde passaram a morar, não se sabe o ano mas presume-se que tenha sido por volta de 1930. A sua família era muito católica e Domingos com o seu filho Narciso faziam parte da Congregação Mariana no local.


Os filhos foram casando... a primeira foi Domingas (1917) , Vicente Domingos (1923), Angela (1923), Olindo (1927), Maria Margarida (1933), Leonel (1937), Narciso (1941), Letícia (1941) e Mathilde (1944).


Como era comum as famílias se visitarem, quando podiam Leonel e Narciso iam para Ponta Grossa e Palmeira aonde moravam parentes. Seu primo Janguito (João Malucelli Jr.) montou com seus irmãos uma serraria na pequena São João do Triunfo, perto de Palmeira, onde conheceu Helena uma linda moça e começaram a namorar, noivaram e casaram no dia 31 de dezembro de 1938. Ela tinha outras irmãs e enquanto Janguito ainda era noivo convidou o Narciso para ir em um baile na cidade e ao conhecer a Helvídia se encantou e começaram a namorar, Joanito (João Malucelli Neto) sobrinho do Janguito se encantou pela Judite. Então os 3 casaram com as 3 irmãs, filhas do comerciante libanês Demetrio Hauagge. Janguito e Narciso casaram em São João do Triunfo e Joanito com a Judite, em uma grande festa no Sitio Grande em Morretes (1947).


Na casa ainda ficaram morando com Domingos e Cândida os filhos Leonel até se casar em Curitiba em 1937, Narciso, Leticia e Mathilde.

Em janeiro de 1941, Narciso casou em São João do Triunfo com a Helvídia e foram morar na casa. Pouco tempo depois deram a notícia que Helvídia estava grávida e seriam pais no final do ano. Leticia casou em setembro do mesmo ano e Mathilde 3 anos depois.


Domingos antes do seu filho casar já não estava bem de saúde e ficou muito doente, falecendo em casa no dia 5 de maio de 1941, não chegando a ver suas filhas se casarem e a conhecer o neto. Foi sepultado no mesmo Cemitério Santa Esperança em Morretes, aonde ali estavam seus pais e alguns familiares. Deixando o filho Narciso responsável em cuidar da sua mãe Cândida, que o fez com muito zelo e carinho.


Depois do seu falecimento o Narciso abriu a Firma "Narciso Malucelli e Irmãos", dando continuidade ao trabalho da família. A partir deste momento todos os irmãos moraram e permaneceram em Morretes.


A casa era grande, com vários quartos e no meio um corredor. Ao lado da sala tinha outro corredor que dava para a casa conjugada, aonde a Cândida tinha quartos, cozinha, banheiro e tudo que precisasse. Era uma mulher muito bondosa, amável e querida por todos, sempre rodeada pelos filhos, netos e até bisnetos. Sua irmã Brigida (Nenê) casada com Domingos Fante, ficou viúva e não tinha filhos, veio morar com ela e se davam muito bem. Tia Nenê como era chamada faleceu anos depois.


O quarto grande na entrada da casa à direita, foi usado por muitos anos como o consultório do genro do Domingos chamado José Cherobim, ou como era conhecido pelo apelido de Juca.

Era dentista casado com Ângela (Angelita), atendendo no local muitas pessoas que precisavam dos seus serviços, como também parentes.


A casa nunca estava vazia...conhecidos, parentes e amigos iam passar férias, alguns dias ou mesmo uma rápida visita. Sempre recebidos com alegria e carinho.


A Nôna Candida como era chamada, faleceu em casa no dia 20 de abril de 1967 de Acidose, aos 88 anos de idade, sendo sepultada no Cemitério Santa Esperança.


Não se sabe ao certo o ano, se foi antes ou depois que sua mãe faleceu, mas com dificuldades financeiras houve o fechamento da firma. Os irmãos venderam a Olaria e o Engenho. Narciso desistiu de sua parte, mas ficou com o armazém e a casa. O terreno do canavial foi dividido em 4 partes. A primeira faixa, com limite do Rio Marumbi em direção à entrada da cidade ficou para o Narciso, depois Vicente, Leonel e Olindo.


A "Estrada do Anhaia" aonde estava localizado o Engenho era a saída de Morretes, passando o Rio do Pinto seguindo a sua esquerda e mais a frente seguia para outras localidades até Paranaguá.


Com a resolução do governo em fazer mudanças na estrada com o traçado melhor, foi unida a que vinha de Paranaguá antes do Rio do Pinto com a nova, tornando-se uma reta para chegar em Morretes, sendo mantida até hoje a antiga estrada do Anhaia sem pavimentação. Foram na ocasião indenizados pelo governo os proprietários das terras, e consequentemente o canavial ficou dividido pela estrada.


Com o passar do tempo um lado foi transformado em lotes, no qual cada irmão foi vendendo a parte que lhe cabia e de acordo com suas necessidades. A outra parte que tinha como lateral do terreno o Rio Nhundiaquara, ficou por alguns anos em poder das famílias mas também foi vendida a maior parte.

Após o falecimento do seu filho Narciso em 1996, a casa teve que ser demolida por sua idade e estrutura frágil. As terras que os seus filhos herdaram ficaram em sua totalidade até o ano 2000, após esta data uma boa parte foi vendida, mas todos têm terras no local. O terreno da sua casa e o Armazém pertencem a herdeiros.


Encontram-se atualmente no Sítio Grande os casarões... sendo preservados com bravura.


Após as festividades do centenário da chegada da família no Brasil, através de um grande esforço, como guerreiros, um grupo de descendentes conseguiram transformar o local na “Fundação Giovanni Malucelli".


Em suas paredes, estão impregnadas de muitos momentos difíceis e alegres, trabalho árduo, preocupações, saudades, amor, tristezas, lembranças, risadas, carinho, gratidão, esperança, fé e coragem...


Giovanni e Marguerita tiveram 59 netos, centenas de bisnetos, milhares de descendentes, deixando como maior ensinamento a humildade e a importância da união da família. Uma lição de vida que Domingos, seus irmãos e primos repassaram aos seus filhos amados e eles as suas futuras gerações.


E tudo começou, com a esperança e a coragem de um simples casal de imigrantes...



















Domingos (Domenico) Malucelli
















Este é o Brasão da nossa família



















Paróquia de San Giorgio de Perlena, Diocese de Pádua, Vicenza

Igreja onde Giovanni foi batizado (foto atual)























Giovanni Malucelli e a família

Foto tirada na Itália por volta de 1860


















Paróquia de Santa Maria e Santa Fosca de Dueville

Igreja onde Domenico (Domingos) foi batizado (foto atual)



















Propaganda na Itália





















Giovanni e a imigração - documento da igreja traduzido
















Passaporte da família e ofício paroquial















Porto de Gênova em 1880






















Passaporte (traduzido), vistos e chegada em Paranaguá





















Relação de Passageiros do Vapor Iguaçú














Livro de registros da "Colônia Nova Itália" - Cadastro da família




















Colônia Agrícola Nova Itália - mapa














Sitio Grande - colônia e lotes






















Giovanni falece no dia 22 de abril de 1879

















Livro da Igreja N. Sra. do Porto com o acento do óbito

















Carta para o Imperador D. Pedro II












Sobrinhos na lista de passageiros do Vapor Berlim





















Livro da Comarca de Morretes - Domingos - Negativa de nacionalização
















Foto dos "Casarões" após 1905














Engenho entre os casarões em 1910

















Domingos com a família em 1913























Candida grávida do filho Leonel
































Marguerita e sua lápide no Cemitério Santa Esperança















Sitio Grande e a "Usina"
















Domingos e os filhos no "Engenho Fortaleza"



















Rótulos das aguardentes fabricadas no "Engenho Fortaleza"


























Os irmãos Lorenzo, Antônio e Domingos























Casa na Rua Coronel Modesto (Localização)























Congregação Mariana, filho Narciso














Domingos com os filhos Leonel, Batista, Vicente, Olindo e Narciso
















Seu filho Narciso com sua nora Helvídia






















Domingos faleceu no dia 5 de maio de 1941


















Congregação Mariana, Jornal "O Dia"


















Casa do filho Narciso, a conjugada ficava aonde está o muro cinza ao lado























Candida faleceu no dia 20 de abril de 1967































Os filhos de Domingos e Candida

Domingas, João Batista, Vicente, Ângela, Olindo, Maria Margarida,

Narciso, Leonel, Mercedes,Letícia e Mathilde (Mercedes sem foto).


















"Os Casarões da Família Malucelli"



















Brasão da "Fundação Giovanni Malucelli







Assinatura de Domingos Malucelli



Referências:

- Certidões da Itália, Morretes, Curitiba e S. João do Triunfo.

- Trabalho do centenário da família - "100 anos no Brasil (1877-1977)"

- Família Malucelli - Uma história de imigração. Autora Lorena Malucelli Pelanda.

- Vapor Iguaçú - Acervo do Arquivo Público do Paraná - cedido por Dalton Malucelli Jr.

- Livro de cadastro da Colônia Nova Itália- Arquivo Público do Paraná

- BDN digitalizada - Jornais antigos.

- SIAN - Relação do Vapor Berlim.

- Fotos do acervo dos descendentes da Família Malucelli.

- Fotos e documentos postados pela família nas redes sociais.

- Fotos restauradas e colorizadas por Karin Müller Malucelli.

- Esclarecimentos sobre Domingos - Narelvi Carlos Malucelli e José Wilson Malucelli.

- Informações e imagens do Google.

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