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Padre Saviniano e sua história

Em gratidão ao Padre Saviniano por tudo que fez por meus bisavós Antônio e Teodora Cecilia e a sua linhagem...família De Bona, Bertazzoni, Valença, Cecy, Azim, Guimarães, Brambilla, Ferreira, Polydoro, Turin, Cavagnolli, Malucelli, Hauagge, Consentino, Foltran e tantas outras famílias de Morretes que foram abençoadas por suas eternas graças...um pouco de sua história.

Saviniano seu nascimento e batismo

Saviniano nasceu no dia 20/8/1888 na Freguesia de Iguassú, sendo batizado em 19/09/1888 na Igreja Matriz da Paróquia de Nossa Sra. Dos Remédios de Iguassú. Foram seus padrinhos os tios maternos Maria da Glória G. Ferreira e Policarpo Gonçalves Ferreira. Tinha como avós paternos Joaquim Cypriano da Silva com Felicidade Gonçalves e maternos o Major Joaquim Gonçalves Palhano (+22/1/1896) com Laura Ferreira França (+16/01/1901).

Freguesia de Iguassu para Município de Araucária

“A criação do município deve-se ao encaminhamento feito por Sezino Pereira de Souza (chefe político da região), de uma petição em forma de abaixo-assinado ao então Presidente do Estado, o contra-almirante José Marques Guimarães, solicitando a criação do município. Assim, pelo decreto estadual Nº 40, de 11 de fevereiro de 1890, foi criado o Município de Araucária. O primeiro administrador como intendente, foi o Sezino Pereira de Souza”.

A primeira eleição municipal realizou-se no dia 22 de setembro de 1892, sendo o primeiro prefeito eleito Manoel Gonçalves Ferreira, em seguida seu pai o Major Joaquim G. Palhano foi nomeado e atuou por 3 meses de 5/02/1894 a 11/5/1894 e novamente o Coronel Manoel ocupou o cargo de 12/05/1894 a 1900.

Família

João de Chaves Martins (+26/ 11/1895) e Gertrudes Gonçalves Ferreira (+22/03/1896), casaram na Igreja Matriz da Paróquia N. Sra. da Luz dos Pinhais em Curitiba no dia 9/04/1884.Tiveram cinco filhos, que receberam o sobrenome de Gonçalves Ferreira (dos avós maternos) e todos nascidos na Freguesia de Iguassú. Laura*13/2/1885 +28/8/1897, Hybraim*2/1887, Saviniano*20/081888, Mauro*26/03/1891 e Tancredo*1893.

Com o prematuro falecimento de seus pais, seu avô materno e de sua irmã Laura entre 1895 a 1897, Saviniano e os irmãos foram criados por sua avó materna que veio a falecer três anos depois.

Após o ocorrido em 1901 foi dado a entrada no inventário de seu avô Major Joaquim G. Palhano, que era muito conceituado no meio político e tinha muitas posses, foram incluídas na partilha de bens sua mãe Gertrudes e sua avó (ambas falecidas), seus tios e tias. Incomum para a época, pois mulheres e consanguíneos falecidos dificilmente recebiam herança somente os do sexo masculino, seus tios.

Neste processo, logo no início foram declarados alguns Sres. por terem com o seu avô negócios a ressarcir ou estavam devendo, sendo concluído que não haviam sido pagos desde o seu falecimento. Através de um acordo judicial comprometeram-se a fazer os pagamentos em parcelas e quitar as dívidas com a família.

Também foi indicado pelo “Juiz de Órfãos” que seu tio o Capitão Manoel Gonçalves Ferreira casado com Georgina Ferreira, que fosse o seu tutor e de seus irmãos em 13/03/1901. Diante da situação, tendo o mais velho 14 anos e o mais novo 8, ele requereu ao juiz que a medida que fossem feitos os pagamentos a cota que cabia por direito aos meninos fosse repassada. Obtendo assim os recursos para a continuação, conclusão dos estudos em Curitiba e para as necessidades de cada um. Em 1903 foi feito o inventário de sua avó Laura e a partilha ocorreu com os mesmos critérios, sendo concluído em 1912. Manoel Gonçalves Ferreira como tutor, nos dois inventários, pleiteou a venda das terras da herança de seus protegidos em 26/05/1906.

Estudos e ordenação

Saviniano após encerrar o ensino médio e já ciente de sua vontade de ser religioso, ingressa no “Seminário Episcopal São José” em Curitiba aonde fez o curso de Filosofia e Teologia. Sendo atualmente no local o Colégio Marista Paranaense, no bairro Batel.No dia 5/11/1905 foi realizado no seminário uma quermesse, em benefício do altar de Nossa Sra. Da Conceição, em “Comemoração ao Jubileu Mariano” e ao encerramento do ano letivo. Achava-se o local completamente repleto de autoridades, altos funcionários, sacerdotes, jornalistas, alunos e familiares. Terminada a quermesse a banda de música dos alunos executou uma marcha e o Reverendo Desidério Deschand usou a palavra pronunciando um discurso alusivo ao ano.

Finalizando a festividade com as premiações aos alunos que se distinguiram durante o ano...o “Prêmio de Aplicação Alberto Carrano” foi dado à Saviniano (com 17 anos) e à mais cinco alunos.

Com a conclusão dos estudos aos 26 anos, recebeu a ordenação sacerdotal de Dom Francisco Braga na Capela do Seminário São José no dia 2/02/1914. Araucária estava em festa no domingo dia 17 do mesmo mês, com a primeira missa cantada na Igreja Matriz de Nossa Sra. Dos Remédios, pelo filho ilustre Saviniano. Após o ato religioso foi oferecido por ele um jantar íntimo aos seus colegas e familiares, durante no qual foram levantados vários brindes sobre a solenidade e seus predicados. No dia 8/04/1914 atuou como Diácono na missa do “Sábado de Aleluia” na Catedral de Curitiba. Sendo nomeado em seguida como “Vigário Cooperador” das paróquias de Antonina (por pouco tempo) e de Morretes, assumindo imediatamente seus trabalhos no dia 16/05/1914 e desde então residindo na casa paroquial morretense.

Referências: - - Arquivo Público do Paraná – Inventários de Joaquim Gonçalves Palhano e Laura Ferreira França.

- Igreja Matriz de N. Sra. Do Porto de Morretes – (Livro Tombo de 1903 a 1981)

Sites:

- https://familysearch.org/search/ (Livro de registros das igrejas e cartórios de Araucária e Curitiba

- http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital ( A República, Dezenove de Dezembro, Jornal O Dia, Diário da Tarde e Almanack Laemmert PR, publicações de 1876 a 1955)

-Relatórios da Província 1877 / 1878 - (Pg. 129, Arquivo Público do Paraná )

- http://turmadoparanaense.blogspot.com.br/ - (História do Colégio Marista Paranaense – 17/09/2010) - https://www.faneesp.edu.br/site/conteudo_noticia.php?id=1178 - Freguesia de Iguassu para Araucária

Padre Saviniano (moço)

Padre Saviniano (moço)

D. João Francisco Braga

D. João Francisco Braga

"Seminário São José", atual Colégio Marista Paranaense

Igreja Nossa Senhora dos Remédios (Freguesia de Iguassu - Araucária)

Imagem de Nossa Sra. do Porto

Paróquia de Morretes, Theodoro de Bona, João Turin e relatos

Saviniano era um homem humilde, alegre, de grandiosa fé, generoso, caridoso, desapegado das coisas materiais, por este motivo sempre estavam vazias suas mãos. Por 34 anos, dedicou-se incansavelmente ao povo morretense em todos os momentos de suas vidas como padre e amigo...ele batizou, uniu pelos laços do matrimônio, aconselhou, deu seu apoio nos momentos difíceis e das perdas, auxílio aos mais necessitados, sempre disponível, respeitado e querido por todos os lugares por onde passava.

Seus serviços religiosos abrangiam a Igreja Matriz N. Sra. Do Porto e Igreja S. Benedito (cidade), Bom Jesus de Cardoso (Rio do Pinto), S. Pedro (Anhaia), S. Antônio (Petinga), S. Antônio sendo 2 capelas: América de Baixo e América de Cima.

No dia 5 de maio de 1940 foi realizada na Igreja Matriz Nossa Sra. Do Porto, durante a missa dominical, uma solenidade para a entrega ao Padre Saviniano de 2 obras doadas pelo pintor Theodoro de Bona, cumprindo uma promessa, que tinha feito quando ele ainda cursava a “Academia Real de Veneza” na Itália. Retratando dois milagres conhecidos pelo povo sob a intercessão de N. Sra. do Porto, a primeira denominada “A tempestade” e a segunda “ O raio”. Logo após João Turin como escultor ofertou uma obra sua, um baixo relevo denominado “Mater Dolorosa”.Na hora da missa um dos quadros foi colocado na parede lateral acima do púlpito e o outro na parede oposta do altar e a escultura entregue ao padre neste momento. Em seguida Clemente Consentino discursou agradecendo em nome da “Irmandade” as obras e pedindo a benção de N. Sra. Do Porto para os artistas ilustres, devotos e filhos de Morretes. Até hoje os quadros irradiam sua beleza e contam a história dos milagres.

Obs. Não foi encontrada nenhuma menção no Livro Tombo sobre a escultura de João Turin, não sabemos o seu destino e aonde se encontra.

No dia 9/3/1941 foi eleita a nova diretoria da “Congregação Mariana de Morretes”, assim constituída: Diretor- Padre Saviniano Ferreira; Presidente- Oscar Vianna Sundin; Secretário- Marcos Luiz de Bona; Tesoureiro- Antônio Chirigati; Assistente- José de Rocco; Instrutor- José Antônio Gnatta; Consultores- Sebastião Scucato, Arcângelo Foltran e Julio Cassilha.

Relato de Marcos Luiz de Bona sobre as histórias dos milagres você encontra no Blog, postagem de 4/02/2015.

http://debonatenhodito.blogspot.com.br/2015/02/milagres-de-ns-do-porto-por-ml-de-bona.html

Referências:

Sites:

http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital (Jornal O Dia, publicações de 1940 a 1941 e Almanak Laemmert (RJ) 1931 – Edição D00087, pg. 532)

http://triaquimmalucelli.blogspot.com.br/search/label/Imagens%20antigas%20de%20Morretes (foto antiga da igreja e do seu interior)

Igreja Nossa Senhora do Porto De Morretes (antiga)

Padre Saviniano assume a Paróquia de Nossa Sra. Do Porto (Livro Tombo -16/05/1914)

Interior da Igreja (antiga)

Theodoro de Bona (11/06/1904 - 20/09/1990)

Tela " A tempestade"

Tela "O Raio"

João Turin (21/09/1878 - 9/07/1948)

Falecimento do Padre Saviniano Gonçalves Ferreira

Relato do Padre João Raimundo Camargo Penteado de Freitas no “Livro Tombo” (resumido por ser muito longo).

No dia 29/05/1948 as pessoas ficaram preocupadas por não verem o padre Saviniano na igreja e a casa paroquial fechada. O Sr. Fabio de Souza grande amigo do padre alertou as pessoas e adentraram a porta, pois morava sozinho, encontrando-o desacordado. Imediatamente trouxeram o Dr. Pedro Alves Baraúna e diagnosticou que ele havia sofrido um derrame cerebral durante a noite e estava em coma, logo em seguida chegou o Dr. Abdo Nascimento afilhado de batismo do padre.

Por telefone informaram o ocorrido ao Arcebispo Metropolitano Ático Euzébio Rocha, em Curitiba, que juntamente com o secretário do arcebispado Padre Bernardo José Krasinski foram para Morretes. Sendo avisados também na Congregação dos Redentoristas em Paranaguá os padres Guilherme Connors, João Camargo e o Sr. Eleuter Rodrigues Viana, candidato a mesma congregação, por estarem mais próximos de Morretes e para prestarem espirituais auxílios ao vigário acometido de mal súbito. Saíram as 10 horas da manhã e chegaram as 11 horas na casa paroquial, foram-lhes relatados o estado do vigário e logo após o Padre Guilherme prestou os socorros espirituais, administrando a extrema unção. Duas horas mais tarde chegaram na casa paroquial o Arcebispo Metropolitano Ático Euzébio Rocha e o padre Bernardo.

D. Ático com voz forte fez paternais recomendações espirituais ao Reverendíssimo Vigário que continuava desacordado, deu-lhe a benção papal e deu-lhe a beijar a imagem de N. S. Jesus Cristo Crucificado com indulgência plenária.

Como era dia de sábado, os sacerdotes deveriam voltar aos seus trabalhos e o Arcebispo tinha visita pastoral marcada para o dia seguinte. Verificando-se que o padre João Camargo não tinha compromisso marcado e nem conotação eclesiástica no momento, então D. Ártico mandou seu secretário que o passasse a provisão de vigário substituto, nesta data. Os sacerdotes voltaram ainda pela tarde para Curitiba, o padre coadjutor foi para Paranaguá e o padre João Camargo ficou atendendo junto com o Dr. Abdo Nascimento o padre enfermo.

Relata Padre João Camargo: - “Continuou em coma até as dezenove e meia horas do mesmo dia vinte e nove de maio, quando entrou em agonia. Rezei então as orações litúrgicas da agonia e, ao finalizar, o Reverendíssimo Padre Saviniano entregou sua alma ao Criador, termo de uma vida modelar e apostólica de 34 anos de paroquiado em Morretes. Soube-se pelos paroquianos que enchiam a casa paroquial e pela sobrinha do falecido Sra. Eulita, que era da vontade do extinto ser sepultado em Araucária, sua terra natal. Porém o Reverendo, aliás, interprete da vontade do povo determinou que o vigário fosse sepultado no Cemitério de Morretes, onde empregou os seus melhores esforços de toda sua vida sacerdotal e assim se fez a vontade geral. Deixou um irmão em São Paulo o Frei Simão, sua tia Isabel Ferreira com o esposo Dr. José Ballão Jr. e uma sobrinha a Sra. Eulita G. Ferreira e seu esposo Alfredo Zanatto. Estando todos os parentes prestando as últimas homenagens”.

Padre Saviniano foi velado no Altar Mor da sua amada igreja e com as inúmeras orações de seus amigos, fiéis e da família. O cortejo saiu a tarde do dia 30 de maio da Igreja Matriz, rodeado pelos padres João Camargo, Olímpio de Souza e Bernardo José Krasinski, pelas autoridades locais e pelo povo.

Levaram-no pelas ruas da cidade até a rua central rumo ao Cemitério Municipal “Santa Esperança”. A última homenagem foi feita pelo intelectual morretense Aguilar Morais em seu discurso à beira do túmulo...

Mais relatos sobre o Padre Saviniano e o discurso de Aguilar de Moraes na integra, você encontra no Blog, postagens dos dias 11 e 12/12/2011. http://diacononarelvi.blogspot.com.br/search/label/BISPOS%20E%20PADRES Referência:

- Igreja Matriz de N. Sra. Do Porto – Livro Tombo

Sites:

- http://familysearch.org/search/ (Livro de registros do cartório de Morretes) - http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital ( Jornal O Dia, Diário da Tarde e Diário do Paraná, publicações de 1948)

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Padre Saviniano (ultima foto)

Cônego Ático Euzébio da Rocha

Padre João Raimundo de Camargo Faria

Livro Tombo - foto do cortejo fúnebre

Homenagens póstumas e a capela

Diante do ocorrido reuniram-se o Sr. Arlindo de Castro, prefeito municipal e a Câmara de Vereadores sendo tomada a decisão de custear o funeral, o que foi feito por ser o padre considerado venerando Cidadão Morretense. Também foi deliberado por proposta do Vereador Sr. Luiz Malucelli a denominação de Padre Saviniano à uma das principais ruas da cidade.

Obs.Para quem não conhece a sua localização, ela começa ao lado esquerdo da Igreja de São Benedito e termina na Praça Rocha Pombo, em frente à Estação Ferroviária de Morretes. Atualmente, só há uma placa com o seu nome em toda a extensão da rua, que está situada na Praça.

Dias após o falecimento do Padre Saviniano começa em Morretes um movimento popular, encabeçado pelos Sres. João Scremin, Clemente Consentino, Adalberto Villa Nova, Oscar Vianna Sundin, Fabio Souza e outros no sentido de ser erguida uma capela no Cemitério Municipal afim de repousar perpetuamente e ser sempre lembrada e venerada a figura ímpar, piedosa e boa do inesquecível vigário de Morretes.

Em 1953,foi inaugurado no Ginásio Estadial Rocha Pombo o retrato do Padre Saviniano. No local foram realizadas homenagens, como a do poeta Gelbeck como forma de poema e o discurso de Marcos Luiz De Bona ao santo padre.

"A família do Padre Saviniano é o povo de Morretes, e o orador é o representante desse povo".

"Meus Senhores! Agradeço, pois, de todo o coração, ao ilustre Sr. Dr. Luiz Silva e Albuquerque e às demais nobres figuras que compõem os quadros do novel e já muito conceituado Ginásio Estadual de Morretes, a bondosa iniciativa da homenagem, que outro objetivo não teve senão premiar uma vida santa, desapegada inteiramente dos bens fugazes deste mundo, piedosa e exemplar e que se dedicou totalmente a Deus e às almas. Nesta oportunidade, felicito os Professores e os alunos pelo feliz encerramento do ano letivo, concitando a mocidade a continuar em seus estudos visando a elevar o nível cultural de nossa terra e o sucesso na vida particular de cada um. Renovo meus agradecimentos e o propósito do povo de Morretes que represento, de trazer sempre presente em sua memória e em seus corações, os felizes momentos da inauguração do retrato, nesta sala, do nosso inesquecível Padre Saviniano. Tenho dito". (Publicado no livro Tenho dito ; Morretes e morretenses nos discursos de Marcos Luiz De Bona, p.65)

No dia 31/10/1955 em comemoração ao aniversário de 222 anos da cidade foi realizado um ato em sua homenagem. Fora construída a capela em forma de uma pequena réplica da Igreja Matriz de N. Sra. Do Porto, neste dia foi transladado de onde estava e sendo colocado na sua última morada...a sua igreja tão querida.

Adentrando na capela, se deparava com um altar decorado com flores e um porta-retratos com a foto do padre Saviniano. Outra dele quando moço em porcelana encrustada em uma das paredes laterais. Atrás da porta da entrada foi construído um local, para que fosse depositado os restos mortais do santo padre, com um velário.

Em junho deste ano, fui a Igreja Matriz para fazer as pesquisas no Livro Tombo e conversei com o Padre Luiz Gonzaga Peres sobre a igrejinha do Padre Saviniano, que se encontrava em total abandono. Me explicou que o terreno e a construção pertenciam a prefeitura e que era a responsável por seus melhoramentos. Me declarou que gostaria que a prefeitura doasse para a Igreja, sendo que um santo padre estava sepultado no local, assim teriam a possibilidade de reforma-la e mantê-la.

Ao chegar ao local no dia de finados encontrei a igrejinha com seu telhado novo, molduras das janelas, portas e os vidros trocados e reformados, como também uma pintura nova igual a da Matriz. Perguntei no dia ao funcionário responsável pelo cemitério e informou que as obras estão sendo feitas e serão concluídas pela igreja. Só tenho que agradecer ao Padre Luiz e a paróquia por terem esta atitude, deixando a “Igrejinha do Padre Saviniano” mais linda do que sempre foi.

Hoje quem chega ao “Cemitério Santa Esperança”, vê antes da tristeza e da saudade a beleza do portal, com a igrejinha reluzente se destacando e o majestoso Marumbi ao fundo...

Referências:

- Inauguração do retrado do Padre Saviniano em 1953, poema do poeta Gelbeck e discurso de Marcos Luiz de Bona na íntegra, você encontra na postagem do dia 22/11/2017 no site: https://www.facebook.com/debonatenhodito/posts/1954932861413259

Site:

- http://bndigital.bn.gov.br/hemeroteca-digital ( Jornal O Dia e Diário do Paraná, publicações de 1948 e 1955)

Rua Padre Saviniano

Foto encrustada na parede interior da capela

Igrejinha reformada (novembro de 2017)

A igrejinha do Padre Saviniano com o Marumbi ao fundo

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